Quer ganhar mais que o CDI? Fundos em dólar oferecem rentabilidade de até 18% ao ano

Investir em renda fixa internacional pode ser uma estratégia interessante para quem busca diversificação e maiores retornos. Enquanto o CDI no Brasil está em torno de 13% ao ano, alguns fundos de crédito privado no exterior chegam a oferecer rentabilidades acima de 18% em dólar. No entanto, é essencial compreender os riscos envolvidos e avaliar se essa alternativa é adequada ao seu perfil de investidor.

Fundos de crédito internacional: o que são e como funcionam?

Os fundos de crédito internacional investem em títulos de dívida emitidos por empresas estrangeiras. Esses títulos podem ser classificados em duas categorias principais:

• Grau de investimento: empresas com boa classificação de crédito, menor risco de inadimplência e rendimentos mais modestos.

• High yield (alto rendimento): empresas com maior risco de crédito, mas que oferecem juros mais atrativos para compensar essa incerteza.

Vantagens de investir em fundos globais de crédito

1. Rentabilidade acima do CDI – Com taxas de juros elevadas nos EUA e na Europa, fundos de crédito privado podem superar os rendimentos dos investimentos de renda fixa no Brasil.

2. Diversificação geográfica – Reduz a exposição ao risco econômico e político do Brasil, equilibrando a carteira com ativos globais.

3. Proteção cambial (hedge) – Algumas versões desses fundos oferecem proteção contra a volatilidade do dólar, enquanto outras permitem a exposição cambial para potencializar os ganhos.

4. Acesso facilitado – Já é possível investir nesses produtos por meio de plataformas nacionais sem a necessidade de abrir conta no exterior.

Principais riscos dos fundos de crédito privado global

Apesar das vantagens, é importante considerar os riscos antes de investir:

• Risco de crédito – Empresas emissoras podem ter dificuldades financeiras e deixar de pagar seus títulos, impactando a rentabilidade do fundo.

• Variação cambial – Se optar por um fundo sem hedge, o retorno estará sujeito à flutuação do dólar.

• Liquidez – Alguns fundos podem ter prazos de resgate longos, dificultando a retirada do capital em curto prazo.

Vale a pena trocar o CDI por renda fixa global?

Muitos investidores acreditam que os produtos de crédito no Brasil são imbatíveis em termos de retorno. No entanto, fundos globais de crédito podem superar essas taxas ao aproveitar os altos juros internacionais e as oportunidades no mercado de crédito privado.

O Oaktree Global Credit, por exemplo, é um fundo de crédito high yield que acumulou ganhos de 12,4% ao ano com hedge cambial e 18,3% ao ano sem hedge. Esse desempenho é possível devido à alta taxa de juros nos EUA e aos spreads atrativos no mercado europeu.

Como investir em fundos de crédito internacional?

No Brasil, algumas gestoras oferecem acesso a esses investimentos por meio de feeder funds, que são fundos locais que aplicam diretamente nos fundos internacionais. Isso permite que investidores brasileiros diversifiquem sua carteira sem precisar abrir conta no exterior.

Plataformas como Avenue e corretoras nacionais já disponibilizam opções para diferentes perfis de investidores, com aplicações a partir de R$ 500.

Conclusão: investir ou não?

Para investidores que buscam maior rentabilidade e diversificação global, os fundos de crédito privado internacional podem ser uma excelente opção. No entanto, é fundamental entender os riscos envolvidos e contar com a gestão de especialistas para mitigar as incertezas do mercado.

Se o seu objetivo é aumentar os retornos sem abrir mão da segurança, considere conversar com um assessor de investimentos para avaliar se essa estratégia faz sentido para o seu perfil e objetivos financeiros.

ESTE ARTIGO NÃO É RECOMENDAÇÃO DE COMPRA OU INVESTIMENTO