Vendas do Varejo Crescem 2,4% em Fevereiro, Mas Ainda Apresentam Queda Anual

As vendas do varejo brasileiro registraram um crescimento de 2,4% em fevereiro, em comparação com janeiro, sinalizando uma leve recuperação econômica após meses de desempenho moderado. No entanto, na comparação com fevereiro de 2024, houve uma queda de 0,5%, conforme apontam os dados do indicador IGet, elaborado pelo Departamento Econômico do Santander em parceria com a Getnet.

Setores de Destaque no Varejo

A análise dos segmentos revela que alguns setores tiveram desempenho positivo, enquanto outros continuam enfrentando desafios:

• Setor de Alojamento e Alimentação: apresentou queda de 0,7%, registrando o terceiro mês consecutivo de retração.

• Outros serviços: tiveram um avanço de 1,3%, impulsionando a recuperação geral do setor.

O Vice-Presidente de Finanças da Getnet, Fabio Coelho, destacou que os resultados demonstram uma resiliência da atividade econômica, mas alertou para os impactos futuros das altas taxas de juros sobre o consumo.

Desempenho do Varejo Ampliado e Restrito

O IGet Varejo Ampliado, que inclui automóveis e materiais de construção, cresceu 1,3% em fevereiro, revertendo a queda de -0,8% registrada em janeiro. No comparativo anual, esse índice mostrou um crescimento mais expressivo, de 5,2%.

Já o IGet Varejo Restrito, que exclui veículos e materiais de construção, teve um desempenho ainda melhor, com crescimento mensal de 2,1% e alta anual de 6,1%.

Setores com Melhor e Pior Desempenho

Dentro do varejo restrito, alguns segmentos se destacaram positivamente:

✅ Outros bens de uso pessoal: +10,4%
✅ Móveis e eletrodomésticos: +8,0%
✅ Artigos farmacêuticos: +2,5%

Por outro lado, o setor de vestuário foi o único a registrar queda, com um recuo de -0,8%.

Já no índice ampliado:

✅ Automóveis, partes e peças: +3,3%
✅ Materiais de construção: +0,1% (praticamente estável)

Perspectivas para os Próximos Meses

Embora os dados de fevereiro indiquem uma recuperação, o cenário econômico ainda exige cautela. Fatores como a política monetária do Banco Central, a inflação e o cenário externo podem impactar o consumo nos próximos meses.

Os investidores e empresários do setor varejista devem ficar atentos às próximas divulgações econômicas para entender se a tendência de crescimento se mantém e quais segmentos poderão continuar apresentando recuperação.

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